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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

vou-me embora para passargada

Ler para viver..

O bom senso é sempre algo que me faltou, porém vir passar as férias em Florianópolis é o cúmulo.  Falta tudo, água, saneamento básico, sobram as bichas,  até os putos reclamam da canícula. Nessa hora ponho a leitura em dia. Hoje li Vou-me embora pra Pasárgada ao revés é claro ...
Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei


Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive


E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada


Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar


E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.





Manual do perfeito idiota latino americano

Ler para viver...


O calor se torna insuportável, Florianópolis é um tédio, fila, transito, e turistas. Não entendo a mentalidade dessa gente, adoram uma fila, turista é sinônimo de uma longa bicha, lenta e suarenta onde quer que voce vá lá esta ela, serpenteando e fedendo a sovaco. Para desopilar um pouco e fugir desse ambiente pouco hospitaleiro estou lendo o Manual do perfeito idiota latino americano, faz bem para o espírito, pelo menos posso desfraldar a bandeira do riso.




Eis a descrição do idiota na apresentação, redigida pelo escritor peruano Mário Vargas Llosa, à obra Manual do perfeito idiota latino-americano, de Plínio Apuleyo Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa. 

O livro traça, com humor, o perfil do sujeito que freqüentou universidade e, depois, passou a militar nos sindicatos, nos partidos, nas ongs e outras associações que se dizem sociais, bancadas com o nosso dinheiro,  quebra com os mitos e heróis da America Latina. Segundo o autor a idiotice é deliberada, "pura preguiça intelectual, apatia ética e oportunismo civil".
Os clássicos da biblioteca do perfeito idiota latino americano que é formada  por um conjunto de frases - clichê - meia dúzia de títulos que ele, diz ter lido. Fato incrível pois o ato de ler implica em reflexão. Segundo os autores o idiota latino-americano é um bom leitor -"não lê da esquerda para direita como os ocidentais e nem da direita para a esquerda como os orientais, no entanto conseguem ler esquerda para esquerda".
Afinal o que lê o idiota? O livro cita alguns clássicos entre eles o Livro entre os idiotas é As veias abertas da America Latina, seguido pela A história me absolverá, A guerra de guerrilhas, Para ler o pato donald, Desenvolvimento e dependencia da America Latina, A teologia da libertação.

Estou dando boas risadas o texto é ágil e divertido, porém cuidado voce corre o risco de esbarrar com algum empedernido defensor da "democracia Cubana" esse tipo não tem humor, já passou dos quarenta, sua profissão é berrar palavras de ordem - Cuba si, Cuba si yank no, viva a reforma agrária viva a revolucion...Empinando um copo de cerveja e pedindo vida longa ao ditador..




domingo, 27 de dezembro de 2009

Adelante camarada




A blogueira cubana diz que as chamadas "conquistas da revolução" são um
mito e que só quem nunca morou na ilha pode ter admiração por seu regime...
                     
 Sobre Yoani Sanchez leia http://desdecuba.com/generaciony/



foto de Yonni Sanchez

Nas manhãs de sábado quando me reuno com alguns amigos no  Mercado Público, sou instigada por um fanho, revolucionário, ardoroso defensor de Cuba. Relevo tal figura, cada um tem sua fé, penso que faz parte do folclore da Ilha de Santa Catarina. Qual nada, ledo engano, o meu, o tipo defende a mais antiga ditadura con todo su coraçon. Não é para levar a sério, afinal estamos dividindo um espaço público, porém o indigitado camarada, prega o comunismo com um copo de cerveja em punho (sic!), se diz bolivariano. Até ai tudo bem, vivo em um país democrático onde todos tem direito a livre expressão. Fui relevando, porém neste sábado aquela voz anazalada se apróximou e tocou no meu tendão. Começou a falar que este país é una mierda etc.. Lhe ofereci  uma passagem de ida para Cuba, e como sou generosa, mais um colete para fugir a nado até Maiami. Pois não é que o homunculus se acalentou e continuou a falar impropérios desse país que o acolheu, foi a senha ... 
Águas passadas, hoje procurei ler mais sobre esta ilha paradisíaca do Caribe - a disneylandia das esquerdas nos anos 80 -  li a matéria publicada pela veja  intitulada as tres mentiras de Cuba, procurei saber mais sobre Yoani Sánches, que lança um convite: "Convido quem vê Cuba como um exemplo a vir para cá, sentir na pele como vivemos." Entonces, adelande, adelante camarada.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

S.O.S Biblioteca Pública

SOS Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina, mais um ano se passou e a condição da Biblioteca, é lamentável. No entanto sobra dinheiro público para o Natal, o maestro e et caterva.
Veja o video.

Gregório de Matos



leia em:  Gregório de Matos

  cidade da Bahia
A cada canto um grande conselheiro.
que nos quer governar cabana, e vinha, 
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.
 

Por consoantes que me deram forçado

Neste mundo é mais rico o que mais rapa;

quem mais limpo se faz, tem mais carepa;

com sua língua, ao nobre o vil decepa;

o velhaco maior sempre tem capa.


Mostra o patife da nobreza o mapa;

quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;

quem menos falar pode, mais increpa;

quem dinheiro tiver, pode ser Papa.


A flor baixa se inculca por tulipa;

bengala hoje na mão, ontem garlopa;

mais isento se mostra o que mais chupa;


para a tropa do trapo vão a tripa,
e mais não digo;
porque a Musa topa
em apa,
em epa, em ipa, em opa, em upa.

Feliz Natal


São os  votos da Equipe do blog.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Bonefolder


Novo número da mais conceituada revista eletrônica: bonefolder. Aprenda com especialistas, saiba como encadernar, fazer douração, pequenos reparos em couro, livros do artista em fim divirta-se!