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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O espírito do sal


Nos  dias de verão, a incidência dos raios  ultravioleta é mais intensa; é o resultado do furo da camada de ozônio no hemisfério sul. Mesmo com o tempo nublado os fotogramas reagem  rapidamente 10 minutos em média. 

Li no sitio alternativephotography.com uma lista infindável de fórmulas e toda sorte de receitas p/ acentuar os tons de azul do cianótipo. Alguns recomendam, chá, café e  principalmente oxalato. Todavia não encontrei oxalato na minha despensa, só me restou  optar  pelo vinagre de álcool a 4% . O resultado desta solução é um azul intenso, ciano, que não permite uma definição dos cortes da imagem. Procurei não empregar tanto vinagre nos dois últimos fotogramas e o resultado me deixou mais contente. Os papéis de aquarela proporcionam uma imagem com melhor qualidade, não é necessário impermeabilizá-los com albumina, somente lavar em água desmineralizada na temperatura 60 graus C e deixar secar. São  caros uso com parcimonia, os papéis ordinários de gramatura 180, oferecem um  resultado que não chega a ser medíocre e custa menos. 

Compreender o espírito do sal exige paciência e longas horas de leitura, longas horas vagando no cyberspace  sem saber onde irei chegar.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Estudos cianotipos


Em fim o verão, sol, com ele a luz forte o suficiente para queimar a pele, os fotogramas e os negativos.

Estou pescando em águas turvas, até que o resultado não foi dos piores. A fórmula empregada nesta série está publicada no site www.fotoclub.art.br/cianotipia.html. Adicionei água oxigenada a 20vl, e tratei o papel com albumina, o tempo de exposição em cada cópia variou entre 15 e 20 minutos. Os negativos empregados foram:

- Folhas de plantas.
- Raio x
- Transparência fotocópia.
- Papel comum com imagem impressa tratado com vaselina.

Talvez encontre o espírito do sal, quando se der este encontro obterei uma bela imagem.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Um tesouro compartilhado




O Fundo Antigo da Companhia de Jesus na Argentina é um tesouro com 15.000 obras escritas e impressas, produzidas nos séculos XV e XVIII. Inclui clássicos gregos e latinos, livros de caráter cientifico, livros de devoção, de filosofia e humanidades, impressos nas mais importantes tipografias europeias e nas tipografias criadas pelos Jesuítas em suas Reduções. Pela quantidade e qualidade dos volumes que abriga, representa um dos maiores acervos da cultura Iberoamericana. Sua origem remonta as grandes Coleções dos Colégios de Buenos Aires, de Córdova, de Santa  Fé, das bibliotecas de outras Residências e da antiga Província Jesuítica do Paraguay.

Segundo pode constatar o Clarín para esta tarefa de recuperação dos volumes se organizou no colégio Do Salvador, na Capital Federal (Buenos Aires) um laborátorio de conservação e restauração, com assistência técnica do Instituto Ítalo Latino Americano e do Instituto Histórico da Companhia  de Jesus, ambos com sede em Roma  e com patrocínio privado. 

O trabalho inclui limpeza, inventário e catalogação dos livros. A maioria das cartas e dos registros que compõe esse acervo estão sendo digitalizados pelo Centro de Documentação Histórica Eclesiástica da Universidade Católica da Argentina; se estima que estarão disponíveis na internet nos próximos meses.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Biblioteca Digital Portuguesa


A Biblioteca Nacional Digital http://www.bn.pt , departamento da Biblioteca Nacional, que desde seu início em 2002, já digitalizou  9.563 obras, entre elas os cadernos de Fernando Pessoa, pretende colocar a disposição do público, um conjunto de dicionários, enciclopédias e jornais portugueses. Porém o que me deixou feliz foram as páginas publicadas dos cadernos de Alberto Caeiro, as imagens possuem  boa qualidade e a maneira portuguesa de preservar a memória. O link para as páginas de Caeiro é  http://purl.pt/1000/1/.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Alea jacta est


Não consigo entrar no clima de alegria, do excesso de consumo. As manifestações coletivas de euforia me deixam em estado de alerta. Me faz lembrar de certos baixinhos, que controlavam multidões - de Franco ao inominável tedesco .

A histeria da virada do ano novo me angústia centenas de fogos de artifícios, o barulho que faz vibrar minhas janelas, a poluição, o suor, ingredientes indigestos, que fazem parte da felicidade instantânea. Videntes, astrólogos, santos de todas as crenças prevêem o futuro. É um festival de lugar comum, acredita-se em tudo e em todos.

Ficar em silêncio em estado de graça costurando um caderno ou simplesmente lendo é impossível. Os rojões não param de estourar. Contra a massa ignara nada se pode fazer. Terminei a primeira etapa do estudo das Estruturas Cruzadas da Costura e também fiz o protótipo da Costura Belga. Ao longo do primeiro trimestre de 2008 estarei postando uma série sobre estas duas maneiras de cozer um livro, um pouco da história desses modelos fantásticos de encadernação e uma lista de links.